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Conheça o LabSonica, nosso lab de experimentação sonora

06/09/2017

Conheça o LabSonica, nosso lab de experimentação sonora

Na noite do dia 04/09, alguns dos principais criadores, pesquisadores e produtores à frente do cenário de experimentação sonora do Brasil ocuparam o centro cultural do Oi Futuro para o lançamento do LabSonica, o novo programa artístico de pesquisa, prototipagem, execução e experimentação de linguagem sonora desenvolvido pelo instituto. O intuito do projeto é avançar sobre o legado deixado pelo Oi Futuro Ipanema, que lançou centenas de novas bandas, cantores, festivais e experiências artísticas musicais, para agora dar voz à toda a cadeia produtiva do som, que engloba a pesquisa, a criação, a produção de sonoridades que vão além-palco. “Estamos criando um espaço físico e também um programa que vai investir na área de sons como um todo. Vamos desde a música de cantores até as trilhas sonoras para games. Pesquisamos e descobrimos que o Rio estava carente de um hub criativo que envolvesse todas essas linguagens. Por isso, nosso intuito é cocriar e revelar toda a essa experimentação”, explica Roberto Guimarães, gestor de cultura do Oi Futuro.

O evento começou com um bate-papo sobre a cadeia produtiva da música que reuniu pessoas como Fernanda Paiva, do Natura Musical, Leo Feijó, secretário superintendente de Cultura do estado do Rio de Janeiro, o cantor e compositor Lucas Santtana, Martín Giraldo, do Red Bull Station, e Fabiana Batistela, da SIM São Paulo, com mediação de Rodrigo Lariú, produtor do Midsummer Madness. “Quanto mais espaços de troca, criação e experimentação, melhor. Além do projeto fornecer estrutura e ferramentas, acredito que em pouco tempo o LabSonica também será um espaço de troca para agentes de diferentes origens. Espero que a experiência mais rica seja justamente essa: a troca de “tecnologia” humana, onde ‘cenas’ e coletivos antes distantes, aprendam uns com os outros”, opina Lariú. “Acho importante este espaço que o Labsonica está trazendo para não só reproduzir coisas interessantes, como dar um passo além e criar projetos novos e inéditos que vão estar incitando algum processo de cultura na cidade”, explica Chico Dub, um dos curadores do LabSonica e do festival Novas Frequências.

Todos os andares do Oi Futuro Flamengo foram ocupados por instalações, performances e coletivos e a noite reservou ainda uma sequência de shows e apresentações que agitaram os convidados do evento. Foram eles: Ebu d’Água, de Chiara Banfi, Kinkid e Diego Bragança, Cão (Bruno Palazzo, Dora Longo Bahia, Maurício Ianês e Ricardo Barioba), Alice Caymmi, Relógios de Dalí, Combo Cordeiro, Keila, João Paulo Cuenca, Julia Wahmann e Lenora de Barros. “Foi fundamental trazer uma unidade para todo o percurso artístico do evento e integrar essa linguagem para o dia do lançamento”, explica Márcio Debellian, documentarista que topou o convite do Oi Futuro para dirigir essa Ocupação LabSonica. “Acho que o LabSonica é um sinal muito positivo neste momento em que estamos vivendo a retração da cultura”, complementa.

O LabSonica funcionará em um local físico próximo ao Oi Futuro Flamengo, que ocupará mais de 500 metros quadrados dotado de um moderno laboratório de som e imagem com projeto assinado pelo produtor musical Rodrigo Vidal e pelo engenheiro de gravação Carlos Duttweller. Terá ainda sala de ensaio, salas para oficinas, workshops e reuniões, um makerspace, auditório e estações de trabalho. O programa, que começará a funcionar ainda em 2017, tem como objetivo impulsionar talentos, promover conexões e estimular reverberação da arte para os espaços públicos das cidades. “O interesse é não só oferecer um espaço com um estúdio com os melhores equipamentos e acústica, mas um espaço de vivência e encontros entre produtores musicais, artistas, selos e outros agentes do meio musical. O que interessa é justamente esse encontro de ideias, o estímulo à inovação,  a criação de parcerias e paisagens sonoras. Até porque atualmente, os limites da produção musical contemporânea não se encontram exatamente na ausência de infraestrutura ou na dificuldade do artista de gravar sua produção. Mas faltava, especialmente no Rio, um espaço aonde pudesse haver troca de ideias, de experiências, um coworking, um espaço colaborativo musical”, explica Thiago Vedova, produtor e curador de shows e parceiro do Oi Futuro Ipanema desde o início das atividades do instituto.

Com o intuito de beneficiar criadores de diversas naturezas e estudar não só o cenário da música como também o do som, o LabSonica terá sempre no seu eixo criativo artistas, pesquisadores, cientistas, desenvolvedores de aplicativos, desenvolvedores de games e coletivos artísticos, que deverão ser selecionados por meio de editais a serem lançados nos próximos meses. Serão abertos também processos de seleção pública para a ocupação do estúdio por selos e gravadoras independentes e para a criação de intervenções artísticas urbanas na região do Grande Rio. O primeiro edital de residência artística está aberto para consulta pública até 25/09. Por fim, será lançado também um concurso para o desenvolvimento de um aplicativo com objetivo de gamificar o acervo do Museu das Telecomunicações. “A música é fundamental para os games e juntos ‘música’ e ‘games” estão em rota de ascensão. Temos certeza que a genialidade da música brasileira aliada à nascente indústria de games nacional ainda vai nos levar longe”, comenta Eliana Russi, diretora de conteúdo do BIG Festival, o maior festival independente de games da América Latina – e que contou com o patrocínio e participação do Oi Futuro em 2017.

Ponto de encontro de todos os programas e projetos do Oi Futuro – incluindo os ligados às áreas de Educação e de Inovação Social –, o LabSonica já nasce inovador do ponto de vista de propósito. Ele tem como causa maior se tornar uma rede de pessoas que querem desenvolver toda a cadeia produtiva da música brasileira e irradiar esse conceito por onde passar. E isso será feito em alto e bom som.

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