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EXPO(R)GODARD – NOS BASTIDORES COM ANNE MARQUEZ E AÍDA MARQUES

08/05/2013

EXPO(R)GODARD – NOS BASTIDORES COM ANNE MARQUEZ E AÍDA MARQUES

Exposição, ciclo de palestras e retrospectiva de filmes. Toda a programação gira em torno de um único nome: o genial Jean Luc Godard, um dos maiores cineastas do nosso tempo, hoje octanegário, mas ainda em plena atividade. A francesa Anne Marquez, colaboradora do Centro Pompidou, em Paris, e uma das curadoras da Expo(r)Godard, e a professora, cineasta e premiada montadora Aída Marques, responsável por trazer a mostra ao Brasil, mais especificamente, aos dois espaços do Oi Futuro no Rio de Janeiro – Flamengo e Ipanema – contam como foi a missão de apresentar, pela primeira vez, ao público um perfil mais completo de um dos principais nomes da Nouvelle Vague, enfatizando a produção das últimas três décadas do franco-suíço Godard.

 

OF: Como surgiu a idéia da Expo(r)Godard?

Anne Marquez: Essa exposição decorre logicamente do trabalho executado com Jean-Luc Godard no Centro Pompidou, em Paris (2006). Nos pareceu interessante, alguns anos depois, valorizar o aspecto mais experimental e prático do seu trabalho. Sua concepção expandida de cinema  oferece material apaixonante a ser explorado. Não procuramos ser exaustivos, mas, descrever e isolar alguns gestos criativos, pesquisas em vídeo, colagens, imagens, sons, blocos de reflexão.

Aída Marques: Conversando com Dominique Païni sobre a exposição realizada no Centre Pompidou (Paris),  achei que seria muito interessante tentar fazer uma exposição sobre Godard no Brasil.

OF: Por que a escolha do Oi Futuro para sediar a mostra?

Anne Marquez: Uma precedente exposição da Escola de Artes Contemporâneas Era Uma Vez, realizada pela MP2 Produções em 2011, iniciou uma primeira colaboração com Dominique Païni. Pela mesma natureza da programação do OI Futuro, o personagem histórico, mas, sempre contemporâneo de Jean-Luc Godard, encontra o local ideal para ser conhecido, visto e apreciado.

Aída Marques: O Oi Futuro tem uma historia com exposições de artistas que trabalham relacionando as várias artes e mídias, sendo assim um caminho natural para realizar uma exposição de um artista que trabalha com vários suportes e várias linguagens.

OF: Como foi o desafio de transpor a imagem audiovisual das salas de cinema para o espaço do museu?

Anne Marquez: A questão da migração das imagens das salas de cinema para os museus tornou-se uma prática frequente há mais ou menos 10 anos. As exposições sobre os cineastas se multiplicam e se dissolvem num certo acadecimicismo A singularidade do cinema, não sendo aprisionada, entretanto, pode tornar o diálogo entre a obra fílmica e o trabalho de instalação em museus e galerias extremamente fecundo.

Aída Marques: Dada a extensão e a riqueza da obra do cineasta constitui-se um grande desafio longo e árduo, porém, prazeroso e criativo, por isso privilegiamos os trabalhos mais recentes e desconhecidos no Brasil

OF: Na sua opinião, o que é mais importante na obra de Godard?

Anne Marquez: É muito difícil determinar o que é mais importante na sua obra, na medida,  em que cada período renova organicamente o cinema, procurando novas soluções técnicas e estéticas. Sua riqueza, é precisamente a diversidade, suas metamorfoses, sua necessidade de se reinventar a cada época. Para Godard, fundamentalmente o cinema é um instrumento de pensamento.

Aída Marques: Acho muito difícil destacar numa obra tão vasta em quantidade e qualidade exercidas constantemente em mais de 50 anos. Mas, se pudéssemos destacar uma característica, seria a experimentação e a abertura às mudanças e às novas tecnologias.

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