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Labora | Conheça o Malalai

24/08/2017

Labora | Conheça o Malalai

Mais uma participação na 1ª edição do Programa de Aceleração de negócios sociais do Labora, em parceria com a Yunus Negócios Sociais, o Malalai. Já passou por aqui os projetos 818 Energia Solar e Diáspora.Black, do Rio de Janeiro,  e Recicletool, de Recife.

 

Malalai

“Mulheres sem medo mudam o mundo”

O que é: É uma solução tecnológica de segurança para mulheres, apontando pontos positivos e negativos da rota escolhida por ela para circular em vias urbanas. Além do mais, avisa a alguém conectado sobre a localização da mulher de forma automatizada.

Quem faz: Priscila Gama tem 33 anos, é arquiteta e urbanista e mora em Belo Horizonte. A ideia de criar a Malalai surgiu por causa de um relato de violência sexual sofrido por uma passageira por dois homens, sendo um deles o próprio taxista. “O relato ocorreu na hashtag #PrimeiroAssédio promovida pela ONG Think OLGA no fim de 2015. Em dezembro, resolvi participar do Startup Weekend BH 2015 com a ideia de que se alguém tivesse visto que o taxi não estava levando ela pra casa, poderia ter feito alguma coisa. Acabamos ficando em segundo lugar com a ideia de um aplicativo para companhia virtual e informação automatizada de localização”, conta Priscila.

Propósito: “Acreditamos que o medo é um cerceamento da liberdade. Não fazer um curso, porque ocorre no período noturno, por exemplo, menos oportunidades de networking, menor ocupação dos espaços públicos… São alguns dos fatores que representam a menor representatividade feminina no mercado de trabalho e em posições de tomadas de decisão tanto pública quanto privada. Há um grande potencial desperdiçado quando isto acontece”, explica a arquiteta.

Cenário de empoderamento feminino e segurança feminina hoje no Brasil: “O empoderamento é um caminho sem volta. O benefício é para toda a sociedade, até mesmo para aqueles que ainda demonstram aversão à causa. A violência contra a mulher tem impactos econômicos e sociais graves que alimentam a desigualdade de gênero. Compromete cerca de 10% do PIB nacional – gastos com justiça, saúde, indenizações, dentre outros – e está mais que comprovado que a diversidade é o caminho para melhores resultados sociais e econômicos e isto obrigatoriamente passa pela igualdade de gênero e esta injetaria  382 bilhões de reais na economia, segundo a Organização Internacional do Trabalho. Como chegaremos lá se o país registra um caso de violência sexual a cada 11 minutos, sem contar a violência doméstica? As redes sociais trouxeram um ganho inestimável para a questão, já que problema que não é discutido, não existe, e estas criaram ambientes de discussão. Acredito que estamos no caminho, mas é preciso extrapolar o discurso e criar ações práticas, de políticas públicas à tecnologias”, finaliza Priscila.

 

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