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PASSAPORTE PARA O MUNDO

04/05/2015

PASSAPORTE PARA O MUNDO

Infinitas possibilidades se abriram para o pernambucano Philipe Camarão, de 27 anos, quando entrou para a primeira turma da Oi Kabum! Recife em 2006. Morador da comunidade de Santa Terezinha, Camarão começou o curso de Design Gráfico sem saber o que fazer. “Das linguagens, eu só conhecia fotografia, mas gostei do nome Design Gráfico”, lembra, antes mesmo de ter contato com a área. A partir daí, ele viu sua vida mudar completamente através dos estudos.

Ainda durante o curso na Oi Kabum!, o recifense teve contato com clientes reais e fez seus primeiros produtos. Depois de finalizar o curso, foi aprovado em uma universidade de Recife para se formar em design gráfico. “Já cheguei na faculdade com uma vasta experiência da Oi Kabum!”, diz.

Antes de se formar no ensino superior, Philipe Camarão teve suas experiências mais ricas ao estagiar na área de comunicação da Secretaria de Cultura do Governo de Pernambuco. E foi durante a faculdade que ele criou seu próprio escritório, o Studio Fortim, onde trabalha até hoje.

Um dos trabalhos mais notáveis de seu estúdio foi para o Consulado dos Estados Unidos em parceria com a Oi Kabum! Recife – a campanha “Pense Negro”, contra o racismo –  e rendeu ótimos frutos. A relação de Camarão com os americanos foi tão proveitosa que ele foi convidado para fazer um intercâmbio para o país em 2013, compondo um grupo de jovens lideranças.

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No mesmo ano, o designer voltou para a Oi Kabum!, mas desta vez para ocupar uma posição diferente: ele se tornou um dos educadores do curso de design gráfico, a realização de um projeto antigo. “Sempre quis montar uma história e voltar para a Oi Kabum! como educador”, conta.

Além de ser grato ao curso que o iniciou no design gráfico, Philipe vê uma vantagem primordial na Oi Kabum!. “A formação humana é a principal diferença”, constata. “A gente sempre era levado a pensar na questão social do design, sempre éramos instigados a ter um olhar diferente, e é isso que quero levar aos meus alunos”.

Para ele, ao contrário do que muita gente pensa, o design está muito próximo da periferia. “A estética da periferia é o design vivo. Eu tento conectar isso ao cotidiano dos meus alunos, mostrando que o curso pode ajudá-los a melhorar aquela antena parabólica que o pai construiu ou o carrinho de cachorro-quente em que a mãe trabalha, por exemplo”, explica.

Desde que voltou à Oi Kabum!, Philipe Camarão tem uma nova função: além de designer e educador, ele virou um exemplo. “Alguns jovens se inspiram em mim, na minha história. A gente da periferia tem uma vida muito difícil”, diz.

E, de fato, ele reconhece que a Oi Kabum! mudou sua vida. “Se não fosse o curso de design, eu estaria num subemprego agora. Um ano antes de entrar na Oi Kabum!, quase virei gari. Como diz a letra do Racionais, eu era um rapaz comum”.

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