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PROJETO DE ARTE PÚBLICA DO OI FUTURO, PERMANÊNCIAS E DESTRUIÇÕES OCUPA ÁREAS NO RIO COM ARTE

09/01/2015

PROJETO DE ARTE PÚBLICA DO OI FUTURO, PERMANÊNCIAS E DESTRUIÇÕES OCUPA ÁREAS NO RIO COM ARTE

·        Locais como o Colégio Brasileiro de Altos Estudos, no Flamengo, e a área da antiga Perimetral receberão intervenções de  artistas visuais, sob a curadoria de João Paulo Quintella, a partir de 9 de janeiro
 
Rio de Janeiro, janeiro de 2015 – O Oi Futuro inicia o ano de 2015 com um grande projeto de Arte Pública que tem como tema a destruição como condição para a reconfiguração espacial. “Permanências e Destruições”, com curadoria de João Paulo Quintella, levará 10 artistas contemporâneos a ocupar cinco pontos da cidade em processo de desaparecimento, por estarem sem uso, criando vazios urbanos. Entre eles, o antigo Hotel Balneário Sete de Setembro/Colégio Brasileiro de Altos Estudos, na praia do Flamengo; uma piscina desativada em Santa Teresa; e a área da antiga Perimetral, no Centro do Rio.
O objetivo é discutir o passado recente do Rio. “Queremos propor a ocupação artística de territórios entre o uso e o abandono, entre a apropriação e o esquecimento”, explica o curador. O projeto é apoiado pelo Oi Futuro dentro do seu Programa de Arte Pública, que aproveita grandes espaços urbanos para aproximar a arte do público. O Programa vem realizando intervenções urbanas há seis anos, tendo contado com a participação de artistas como Tadeu Jungle, Miguel Chevalier, Marcos Chaves e o italiano Giancarlo Neri. Os projetos Poesia Visual, no Oi Futuro em Ipanema, e Grande Campo, no centro cultural no Flamengo, também fazem parte do Programa de Arte Pública.
Com patrocínio da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro através da Lei de Incentivo à Cultura, além de patrocínio da Oi e apoio cultural do Oi Futuro, a primeira ocupação do projeto acontecerá nos dias 09, 10 e 11 de janeiro, na Praça XV, no centro do Rio. Nos três dias, visitantes poderão acessar o projeto “Cota 10”, um mirante construído pela dupla de artistas Julio Parente e Pedro Varella para ter uma perspectiva única da cidade, com vista para o centro histórico do Rio e a Baía de Guanabara, antes só possível de ser observada por quem transitava pela Perimetral. Simultaneamente, também na Praça XV, o duo de artistas Priscilla Fiszman eKammal João realizará uma ação com tijolos, aberta a participação do público e que tem como objetivo tencionar a relação entre construir e destruir.
Entre os dias 17 e 30 de janeiro, os artistas Amalia Giacomini e Floriano Romano realizam intervenções no antigo Hotel Balneário Sete de Setembro (atual Colégio Brasileiro de Altos Estudos) inaugurado no início dos anos 20, no Flamengo. Já entre os dias 19 e 23 de janeiro, Raquel Versieux e o coletivo Miúda ocupam a Rua do Verde, espaço tomado por floriculturas localizado entre as Ruas da Carioca e a Sete de Setembro, no centro da cidade. No final de semana dos dias 24 e 25, Daniel de Paula e Luísa Nóbrega criam instalações na Estamparia Metalúrgica Victoria, fundada em Benfica no início da década de 30 e desativada desde os anos 70. Por último, nos dias 31 de janeiro e 01º de fevereiro, o artista Pontogor cria uma intervenção na antiga piscina do Edifício Raposo Lopes, também conhecido como Raposão. Com 25 metros, a piscina construída nos anos 50, tem uma das vistas mais bonitas da cidade.
“O recorte curatorial propõe uma produção não apenas sitespecific, mas uma reação às condições de permanência e de destruição”, afirma João Paulo Quintella. “No panorama atual, com sintomas de calamidade econômica e insatisfação política, a destruição, com o sentido de perturbação crítica, parece ter se tornado uma premissa para a mudança, um ingrediente para criar espaço para a renovação de um campo”, conclui.|
 Sobre os artistas
Julio Parente é designer, artista multimídia e produtor da casa Comuna, no Rio de Janeiro.
Pedro Varella é Arquiteto Urbanista. Dentre os principais projetos que já trabalhou estão o Edifício Acervo, da Fundação Casa Rui Barbosa, no Rio de Janeiro, e a sede do Golfe Olímpico, também no Rio.
 
Priscilla Fiszman é Arquiteta pela UFRJ e Bacharel em Artes pela Camberwell College of Arts London. Atuou na performance 512 hours idealizada pela artista Marina Abramovic, na Serpentine Gallery, e já expôs seu trabalho na Bienal de São Paulo, Dilston grove/Café Gallery (UK) e Hoxton Basement (UK).
 
Kammal João é artista plástico e autor do livro “O tempo sem tempo, cartas de uma viagem” (A Bolha Editora). Participou da residência Mutuca (MG) e já expôs seu trabalho no 32º Salão de Arte do Pará e também na Casa Ipanema (RJ). Algumas de suas obras também fazem parte do acervo do museu Vista Alegre, em Portugal.
 
Amalia Giacomini é Arquiteta e Urbanista. Já expôs seu trabalho em instituições como o Itaú Cultural (SP), Museu da Casa Brasileira (SP), Instituto Tomie Othake (SP), Paço Imperial (RJ), MAC (RJ), Galeria Nacional de Praga e Galeria da Cité des Arts (Paris).
 
Floriano Romano se intitula “artista visual e sonoro” e trabalha com intervenções urbanas e sonoras. Já recebeu diversos prêmios como o ‘Projéteis de Arte Contemporânea’, ‘Marcantonio Vilaça’ e ‘Interações Estéticas’. Dentre as instituições onde já expôs estão o Itaú Cultural (SP), MAM (RJ) E a galeria Anita Schwartz (RJ). Participou também da 7º Bienal do Merconsul e da ArtRio 2011.
Daniel de Paula é artista plástico e já expôs seu trabalho em espaços culturais, museus e galerias como o Itaú Cultural (SP), Instituto Tomie Ohtake (SP), White Cube (UK) e Maisterravalbuena Gallery (Madri). Recentemente participou da exposição “Made by… Feito por Brasileiros”, no Hospital Matarazzo (SP).
 
Raquel Versieux é mestre em Linguagens Visuais pela Escola de Belas Artes da UFMG. Já participou de exposições coletivas como as edições de 2012 e 2013 do Arte Pará e Rumos Itaú Cultural 2011-2013, além da residência artística Kamov/Queer Zagreb, na Croácia. Sua primeira exposição individual aconteceu na galeria Athena Contemporânea (RJ), em 2013.
Miúda é um coletivo formado por 14 artistas que atuam em diferentes áreas como teatro, dança e cinema. O grupo já realizou apresentações no Teatro Gláucio Gil (RJ), no XII Festival de Teatro Arte em Cena (RJ) e no Festival Estudantil de Teatro de Belo Horizonte (FETO-BH).
 
Luísa Nóbrega desenvolve trabalhos artísticos como performances, poesias e vídeos. Bacharel em Filosofia pela USP, já expôs em diversas cidades brasileiras como Fortaleza (Espaço Cultural BNB), Vitória (encontro Trampolim, em 2010) e São Paulo (Paço das Artes), além de países como Ucrânia (Tuborealism, breaking ground), Rússia (City as Process, projeto paralelo da Bienal Industrial Ural), França (performance Dimanche Rouge) e Espanha (Festival Periferias).
 
Pontogor desenvolve trabalhos com equipamentos obsoletos como TVs velhas, vitrolas, mesas de som e câmeras usadas. Já participou de residências artísticas em São Paulo (Phosphorus), Cuba (Batiscafo) e Antuérpia (Air Antwerpen), além de exposições no MAM (RJ) e durante a 29ª Bienal de São Paulo.
Serviço
09 a 11/01 – Praça XV (Centro)
–          Cota 10 (Julio Parente e Pedro Varella) – sexta-feira a domingo, de 7h às 20h
–          Ação com tijolos (Priscilla Fiszman e Kammal João) – sexta-feira e sábado, de 7h às 15h
17 a 30/01 – Hotel Balneário Sete de Setembro/Colégio Brasileiro de Altos Estudos (Flamengo)
–          Amalia Giacomini e Floriano Romano – de terça a domingo, de 11hs às 19hs
20 a 24/01 – Rua do Verde (Centro)
–          Raquel Versieux e Miúda – de terça a sexta, de 10h às 18h e sábado, de 09h às 12h
24 e 25/01 – Estamparia Metalúrgica Victoria (Benfica)
–          Daniel de Paula e Luísa Nóbrega – sábado e domingo, de 11h às 19h
31/01 a 01/02 – Piscina do Edifício Raposo Tavares (Santa Teresa)
–          Pontogor – sábado e domingo, de 14h às 21h

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